No dia 1º de fevereiro de 2006, o mundo da luta perdeu Carlson Gracie. Internado em Chicago, nos EUA, com problemas renais, o caso evoluiu para uma infecção generalizada irreversível e fatal.
Carlson numa das lutas contra Valdemar Santana. Foto: Divulgação.
Entre tantos, Carlson Gracie merece destaque. Não apenas pelos feitos dentro do ringue, mas também por ser uma das figuras mais marcantes seja no vale-tudo ou no Jiu-Jitsu, protagonista em inúmeros casos. O mestre tinha uma maneira peculiar de encarar os desafios e de agir. Possuía a impressionante habilidade de decorar palavras do dicionário, jogava carteado como poucos, amava briga de galos e era fã de música francesa. Sempre gesticulando bastante, com fala alta, criava teorias, apelidos e expressões usadas até hoje, como o famoso ‘creonte’, adjetivo destinado aos inimigos.
Não fazia cerimônia. Se não concordava com algum resultado nas competições de Jiu-Jitsu, invadia o dojô. Às vezes, substituía o próprio juiz.
Nos ringues, Carlson fez história. Entre os combates mais marcantes, derrotou Valdemar Santana, algoz do tio Helio, em 1956, luta que foi reeditada mais algumas vezes. Como treinador, formou um exército de campeões, feras como Wallid Ismail, Amaury Bitetti, Murilo Bustamante, Zé Mário Sperry, Ricardo De La Riva, Paulo Filho e Ricardo Arona, entre tantos outros.